Podia escrever outras histórias diferentes, estas são as mesmas do ano passado, mas não quero, hoje não, porque este dia será sempre assim, de sorriso na boca, lágrima a correr cara a baixo, e com muita saudade no peito...
Nunca é um dia fácil o de hoje, não há muito a dizer, nada que já não tenha repetido a todas as pessoas que tiveram a paciência para me ouvir contar estas histórias 1000 vezes:
As voltas de cacilheiro, os passeios de mão dada, os trabalhos da escola, as idas à natação, as lágrimas da despedida da primeira classe e da primeira amizade, as nossas viagens de comboio para Sintra, aquela vez que não me levas-te à ginástica e ficamos a passear no Estádio da Luz, a fruta que me descascavas para empurrar a comida, que teimava em não descer a garganta, a nossa colecção de moedas, os teus aplausos de pé quando eu terminava mais uma aula de natação, a caixa de musica que troxeste da Alemanha com a catedral Colónia, o fato de Pai Natal que todos os anos alimentava o meu sonho, e todos os sorrisos do mundo.
Não consigo de deixar de sorrir quando penso nesta coisas,........que saudades daquela altura em que ao teu lado o mundo era uma coisa por descobrir......e... as saudades que tenho de ti e de te ouvir dizer:
Então Filipe a passear a neta?
Não... a neta é que me está a passear a mim........
quarta-feira, 1 de março de 2006
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5 comentários:
Não preciso de dizer nada...mas por outro lado tenho...
Que este tipo de recordações nos acompanhem para sempre...até sermos avós :-)
Nem sempre tenho vontade de crescer, de envelhecer. Não por medo da velhice, mas pelo tempo que leva a lá chegar. Das poucas motivações é a ideia de ser avô...
... recordar é viver... e principalmente recordações tão doces como estas...
Incrível é pensar no tempo... como passa rápido, e chegar a uma altura em que ontem parece que foi o ano passado, ou o mês passado parece que já foi há muitos anos... e afinal não foi assim à tanto tempo...
Um beijo muito doce para ti...
Como é facil relacionar me com essas sensações..e que falta fazem.
Se já sinto um cadinho de inveja (mas salutar) da tua relação com os pais, então fico mesmo embebecido com esta tua história com o teu avô que diz a frase que repetes no fim. Gosto tanto.
Sabes, além das relações de casais apaixonados como a D.Otilia e o Sr. andrade que tenho contado, conheço muitas histórias de netos que são das coisas mais queridas para os avós internados. Naõ sei se o teu esteve internado muito ou pouco tempo, mas tenho a certeza que terás sido uma dessa netas queridas que mimam os avós mais que os próprios filhos. Gosto de ti por essa relação linda que tens com o teu já falecido avô
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