segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem

Gosto de ver o tempo passar, pricipalmente em bocados de papeis, que fui guardando ao longo dos anos, ou em fotografias mais ou menos dignas de imagens mentais que o tempo se encarregou de desvanecer.

Relembro como eram as emoções quando tinha a idade dos meus "meninos perdidos", e a que sabiam os olhos nessa idade.

Não estou mais velha, estou só maior, vejo o mundo de um lugar mais alto do que quando usava botas ortopédicas, mas..............mantenho ainda o pé debaixo do rabo, quando me sento à mesa para jantar, ainda como castanhas cruas, apesar da minha avó dizer sempre que "faz" piolhos, ainda me escondo dentro dos armários, continuo a comer fruta sem lavar, quando tenho de ir à rua à noite por o lixo, ou chamo o meu cão, ou vou a correr cheia de medo..... e como o creme dos pastéis de nata com a colher de café, ........

Pensando bem, só não tenho trabalhos de casa, já não vou tantas vezes às vacinas, e falta-me o meu maior amigo de brincadeiras, o meu avô, de resto está tudo praticamente na mesma............

6 comentários:

rspiff disse...

Gosto desta onda nostálgica em que andas...

Nunca crescemos, não é? Ou pelo menos alguns de nós...

Rosa disse...

Há que deixar respirar a criança que há em nós!
(onde é que eu já vi uma cena assim parecida???) :)

mixtu disse...

tudo na mesma, como a lesma...
nunca crescemos...

beijo cultural

miak disse...

As botas ortopédicas são uma memória preciosa. Hoje em dia não se ouve falar nelas. Será que dexaram de ser precisas. Ou os pequenos vão andar por aí sem caminhar?

Unknown disse...

somos uns adultos irresponsáveis!...

queremos é brincadeira, e que dure o dia todo de preferência! e agora sem escola nem professora, ou os pais, para nos chatearem a cabeça...

podemos até nem ir a casa dormir...

por mim sou capaz de viver assim a vida toda!

ps: sexta à noite tá combinado!

kolm disse...

Tu queres é macacadas e gargalhadas... brincadeiras na piscina até os olhos arderem e os dedos ficarem enrugados... correria na praia até o sol se pôr. E dizer naquela vozinha... “- hó Quim - hó Quim”... e cair da cadeira agarrada à barriga...
E eu também quero... porque são este pequenos pormenores que me sabem a vida...