Há sempre alguem pior do que nós

Ou então tive o merecido castigo.......

Na sexta feira depois de um dia de intenso trabalho, sai com o meu lindo pópó em direcção à Graça, no Saldanha fiquei sem direcção assistida, em Sapadores, sem musica no rádio, e no Largo da Graça desligou-se por completo.

Estacionei ao empurrão, e pensei que tinha ficado sem pilhas, no sábado voltei ao local onde o deixei, com uma pilha novinha para trocar pela antiga!!, e nada.........desalento total, não funcionou, telefonei então ao meu Super Pai para ele levar lá o Sr. Dr. dos carros para ver o que se passava, disse-lhe pelo telefone:

-Pai o meu carro avariou, acho que é bateria mas não consigo por o carro a trabalhar, a bateria nova está no porta bagagens.
-Está descançada passo por lá amanhã...beijinhos....

No domingo o telefone toca.....

-Olá pai, então como está o meu companheiro de longas viagens?
- Sofreu um enfarte numa válvula, por sorte não morreu.....estava sem óleo, e a sangrar de uma roda, além disso teu carro está todo desarrumado é papéis, é garrafas, está tudo espalhado.....e não encontrei a bateria nenhuma.....assim não pode ser!!!
- Ó Pai, está atrás da bilha do gás no porta bagagens.......
- Qual bilha do gás???.......

Alguém muito muito, mau, violou o meu carro quando ele não se podia defender, e levou uma magnifica bilha do gás vazia, e uma bateria.......Com o dinheirão que fez com "trabalhinho do SAXO bourdeux" já não precisa de jogar no euro milhões, não vai ter veias para tanta heroina.
Gostava de ser mosca para o ter visto em plena feira da Ladra, a tentar vender a bilha do gás às escondidas.....maldito , maldito, maldito...............

Foi só isto mas para mim chegou......

Depois de tanto se especular, talvez alguns achem que o que vou contar não tem tanta importância, como de inicio poderia parecer, mas o que conta é o sentimento de culpa que o acontecimento me deixou.

Conduzia até casa a horas algo tardias, a estrada que me conduzia é algo deserta a horas tão avançadas, ao entrar numa curva mais apertada, reparo num vulto na esquina da estrada. O vulto ao sentir o aproximar do carro virou o pescoço na direcção da luz. Os meus olhos encontraram-se com os seus e reparei na familiaridade daquele rosto.

Todas as pequenas localidades têm o seu louco nacional, é quase uma mascote, um fulano inofensivo que por alguma agrura da vida tem algo que o distingue dos ditos "normais".Neste caso tratava-se do Célio, um rapaz com aproximadamente 28 anos que em determinada altura da vida sofreu um acidente de mota que o obrigou a transportar uma placa de titânio na cabeça, pelo menos é o que reza a lenda. Para piada geral o Célio é ainda filho do mecânico alcoólico lá do sítio, os locais não resistem à piada fácil de dizer que foi o pai que lhe colocou a placa na "tola".
Sendo proprietário de uma beleza afastada dos requesitos ditos normais, e de um discurso pouco coerente, facilmente se transformou num alvo fácil de chacota, no entanto é talvez das pessoas mais simples e bem educadas que pela zona habitam.

Mas voltando ao inicio, depois de ter percebido quem era que estava na berma da estrada, a 5km da sua casa, com um frio de rachar dentes, eu simplesmente segui viagem, nem sequer parei para perguntar se precisava de boleia. Cada metro que avançava dizia a mim mesma que devia voltar para trás mas não o fiz.
Não consigo perceber porque, …. Comodismo, desinteresse, frieza de espírito, não encontro razão, para não ter parado. Passado poucos minutos estava já deitada na minha caminha quentinha de olhos arregalados a fixarem o tecto, a pensar o quanto má e insensível tinha sido.
O remorso ainda não passou só espero que ele tenha chegado bem a casa.

Pode não ser muito mas ainda não me saiu da cabeça.

Sou malvada....

Temos por hábito , só contar as nossas histórias felizes ou engraçadas, amanhã conto a minha última grande maldade, mas maldade mesmo. Não presto, já alguns sabiam, no entanto chegou a altura de um contar os defeitos

..........ou pelo menos não sou a pessoa que devia ser.........

Conformidades.....

Toda a gente tem direito a ser idiota, por mais que isso me custe........

quase quase cinderela.......

Quando me encontrei debaixo de pilhas e pilhas de trabalho para fazer, estava tão cansada tão cansada, que não consegui parar para descansar, e continuei a trabalhar, até que as minhas mãos já treinadas para trabalharam sozinhas trabalharam noite dentro, enquanto o resto do meu corpo descansava.

Pobrezinhas ainda conseguiram passar por aqui para deixar esta breve nota, sobre o estado latente em que me encontro.

O sorriso de segunda foi demasiado desejado, e o Tejo invejoso do meu sorriso da semana anterior trouxe a primeira lágrima da semana. Mas como calculava, quando aqui cheguei, tinha os meus sorrisos (nem todos) guardados para umas horas mais tarde....

Tinha de ser

À sexta feira tenho sempre de escrever qualquer coisa, hoje o tempo que tive disponivel só deu para escrever esta tolice, mas pelo menos na segunda -feira, começo a sorrir poque tenho os vossos comentários para ler.

Bom fim de semana e até segunda

O rapaz sem coração e a caixa de sapatos.

Nasceu assim ninguém sabe porquê, era feliz, mas a verdade é que não tinha coração.
Era feliz, mas não tinha a capacidade de guardar coisas no peito por muito tempo, pois o buraco era tão grande, que mais tarde ou mais cedo elas acabavam por cair e se perder.
Mas o pior de tudo, eram as pessoas que o rapaz gostaria de guardar e não conseguia, e a sua vida passava assim numa estranha solidão. Mas sim, era feliz, muito feliz.

Um dia, encontrou uma pedra em forma de coração, pensou logo em coloca-lo naquele buraco imenso para substituir o coração que nunca teve.
E assim fez, mandou forrar o seu peito com velcro, e cuidadosamente colocou lá o coração de pedra, depois com um pauzinho de giz escreveu os nomes, das pessoas mais importantes da sua vida.
O seu peito ficou muito muito pesado, mas estava, feliz muito feliz.

À noite antes de dormir ele tirava o coração e guardava dentro de uma caixa de sapatos, para dormir descansado sem aquele peso todo….

Grão a passo....

Não tenho tido muitas vitórias no que toca a conseguir o empréstimo para as obras na minha casa, já lutei tudo o que as minhas forças me permitiam, neste momento vou lamber as feridas (que são quase mortais) e aceitar a derrota. Acabou, este sonho vai ficar adiado indeterminadamente.

Uma casa não se começa pelo telhado, eu sei, masneste caso é pelo telhado que vou começar, devagar, a dar passos do meu tamanho (1.60), para não tropeçar e cair de nariz no chão como tem acontecido até aqui.

Estranhamente não me sinto triste ou derrotada, às vezes as coisas não correm como planeadas mas processam-se de uma maneira bem mais sólida no decorrer de todo o processo.

Mas para que fique bem explicíto mal ditos sejam os senhores do dinheiro, que nos vendem sonhos de conclusões simples, que na realidade, são pesadelos complicados de ultrapassar.

.......por agora um passo de cada vez......e pequeninos

Twilight Night

Adormeci e acordei num local não familiar, com objetos e cheiros lá colocados muito recentemente.
O adormecer veio devagar embalado por um sorriso largo, de quem tem o corpo e a mente em trase, longe de tudo.
O sono foi desperto, mas suave como quem não quer deixar de sentir onde está. Naquela cama improvisada, com o Tejo por cenário.
Chegou a manhã, e a luz devagarinho invadiu um espaço que foi iluminado durante a noite pelo calor da luz de velas, acordei sentei-me olhei pela janela e lá estava o Tejo madrugador, não era um sonho, tinha mesmo passado ali a noite.

Atravessamos a cidade, sem pressas, sem trânsito, sem IC19, és uma pessoa nova, um espaço novo, uma vida nova, e sorris pela manhã, enquanto passamos por Santa Apólonia... estou feliz.

Obrigada por dares um novo sentido às segundas feiras

Muito obrigada pelos mimos.

Apesar das muitas sugestões, que desde já agradeço, bastou passar a noite a enfiar ben-ur-ons de hora a hora pela a garganta a baixo, para tudo se compor e conseguir dormir o sono dos anjos, acordei era uma pessoa nova. Certo que vejo uma névoa estranha, não me lembro como cheguei hoje ao trabalho e em vez do meu habitual casaco verde, trouxe o robe, mas dor de dentes nem vê-la, neste caso, senti-la, também não sinto quase parte nenhuma do meu corpo, e talvez as próximas vez que venha a sentir dores, seja .......hummmm..... digamos quando um dia decidir ser mãe e me rebentarem as àguas....

......... bom fim de semana ......(sem bolinhos)

Não consigo pensar em mais nada.....

Doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente, doi-me um dente....... doi-me muito um dente....doi tanto que já não sei qual deles me doi....

.....desde as duas da manha

O céu das minhas noites...

Quando ontem finalmente quando cheguei a casa, para além do frio de bater o dente, estava um céu magnifico, tentei em vão fotografar todos os pedaços de matéria, incandescente que o decoravam, mas o alcançe da minha corajosa maquina mal chegava aos pinheiros.
Assim a foto não ficou brilhante, mas conta a intenção.

É debaixo deste céu que todas as noites adormeço.

O livro sobre as lendas da minha história...

.....e conta-se a lenda sobre os banhos das ninfas do por do sol...das almas perdidas no meco... das gargalhadas noturnas daquela casa quase abandonada..... dos animais silvestres que falam ao meu ouvido, dos ninjas do meu pinhal, dos bailarinos e trapezistas mágicos, das missões de balão para regate das almas perdidas, das visões nas areias do deserto, mensagens de auto destruição, em viadutos, noites a viver com os viagentes da musica....

Posso ir onde tiver que ir mas....uma vez ninja, ninja para sempre....pelo menos de coração pois é lá que está tudo escrito.

Kiau Liang

Ninjas maus e ninjas bons..........

Estou com muito, muito medo de ser expulsa da ordem dos ninjas, pensava que era para sempre...mas assim também não quero continuar.......

As noites destes dias

Bom fim de semana

Ai o Alentejo....

Lá fomos para Évora....

O Ano Novo foi iniciado nas nuvens, a bordo de um planador e de uma avioneta, longe do chão mas pertinho do céu, e foi mesmo assim que me senti durante todo o fim-de-semana-ano-novo.
Antes de levantar-mos voo ainda encontramos esta raridade num prado alentejano.

Tiramos fotos, comemos croissant, siricaias e migas, muito bacalhau, e carne de porco e borrego, partimos camas, ficamos doentes, apagamos velas, alugamos e desalugamos, bebemos vinho e champanhe, falhei as passas, mas acertei em cheio na cama, tentamos cantar a noite, e dormimos de dia, e ainda tivemos direito a uma perfeita vista sobre Lisboa seguido de uns pregos especiais.

Saudades ao robot da perna longa, que vai ficar a morar em Évora, mas de certeza que vai ser muito bem tratado, assim com nós fomos.

Não tenho sorriso que chegue para contar tudo..........