quarta-feira, 14 de dezembro de 2005

Uma noite qualquer........

Comprei o último maço de tabaco do dia, e segui viagem pela estrada velha da Vila, enquanto ouvia na rádio a noticia dos 50 anos sobre a entrada de Portugal para a ONU. Acendo um cigarro e tento perceber, enquanto passo por palácios e palacetes porque é que durante todo o dia não ouvi esta notícia em lado nenhum, aborrecida e com a cabeça ainda a latejar do vinho do jantar, chego ao final da descida e à conclusão que não consultei suportes de informação suficientes para poder especular, não me apetece pensar.
Mudo de estação de rádio, a estrada sinuosa transformou-se numa recta infindável, ao longe um leve nevoeiro.....
Toca na rádio uma qualquer lamentação sobre a morte da alma do mundo, desligo o rádio preciso de silêncio de estar com as minhas próprias lamentações.
A estrada torna-se cansativa estou a pouca distância do ultimo copo, perdido na noite, mas parece faltar tanto.......... finalmente encontro abrigo para uma ultima conversa...

Na Tv. passa um filme que reconheço imediatamente pela descrição que me fizeram à alguns anos atrás "Strange Days" não posso evitar o imediato esvaziar de ideias criticas, acendo outro cigarro, e deixo-me levar pela caixinha que vomita imagens coloridas........a conversa está instalada, fala-se de um programa informático mundial para encontrar o maior numero primo conhecido até hoje.....

Aquele abrigo já não me é confortável apago o cigarro e sigo por entre o pinhal, o motor do carro finalmente parou, é o silêncio que me conforta agora no frio da noite, estou no escuro da minha casa, finalmente...... Suspiro fundo e deixo-me cair na preguiça da minha cama.....empurro gatos com os pés, preciso de espaço, não estou confortável........ nem ali........


No escuro encontro os teus braços quentes, e volto a adormecer...

1 comentário:

kolm disse...

Acho que vivemos numa "estória" abençoada...