Descia as escadas rolantes em Sete Rios, quando o vi.
Solto, emergente, ansioso, à distância de dois passos, dois segundos, e quando o peito não aguentou mais, e no estômago já voavam borboletas assustadas, aqueles dois corpos anónimos transformaram-se num só. Ali ficaram pendurados na frieza da estação, embaladas pelos passos apressados da manhã. Enquanto os olhava na minha viagem rolante, não soltaram palavra, ou riso, lágrima, ou sorrisos de conforto…apenas os braços entrelaçados e um suspiro de olhos fechados….
A saudade não precisou dos gritos da dor da ausência, transformada em alegria sonora, mas era urgente o toque, o afecto, a presença, o cheiro, a calma do …estou aqui…
Não deixei de sorrir à saudade em mim…vi-me naquele abraço, na saudade do que (não) aconteceu….
sexta-feira, 2 de junho de 2006
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4 comentários:
:)
Nem de preposito que estou no teu blog e toca "belle and sebastinan"!!
eu por acaso hoje tb me deu umas saudades tão grandes de bacalhau à braz que tive de ir fazer! Os ovos não são caseiros, mas n estava mau!:-)
desculpa vir brincar num post destes, mas tinha de te dizer isto. E além do mais o meu comentário tb aborda o assunto em questão... as saudades.
Como é O Abraço não posso fazer uma chalaça despropositada com a Margarida Martins e A Abraço. Não faz mal, fica para outra vez...
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