Amanhã morreu...

Cansei dos dias de semana em forma de maratona, dos vazios dos restos que o coração não alimenta , dos copos de Sexta em queixume das mesmos vazios, das ressacas violentas e solitárias de Sábado, e das conversas de arrependimentos de Domingo por todas as horas nulas.

Não é tão pouco um arrependimento do que já foi feito, nem tão pouco um recusar essa total fútilidade de acção, é sim, um grito pelo que quero fazer e ainda não fiz, não somos as coisas bonitas que dizemos que pensamos, somos na verdade aquilo que fazemos, tenham mais ou menos resultado.

Quero voltar a mim, aos meus projectos, aos que não vão sair do papel, e aos que vão viajar à procura de reconhecimento, é isso que sou, é isso que sempre fui.

Para precorrer um caminho é preciso começar, e pelo menos fazer metade, esperar que a outra metade aconteça também, mas principalmente é preciso começar.